quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O que é MILONGA?

Milonga:
“Um estilo de música tradicional em várias partes da América Latina e na Espanha, derivado da habanera e da guajira cubana e flamenca, assim como o tango.
É o ritmo nacional da Argentina, do Uruguai e do Rio Grande do Sul, também conhecido por Molonga.
A milonga originou-se de uma forma de canto e dança da Andaluzia, Espanha, que no final do século XIX, popularizou-se nos subúrbios de Montevidéu e Buenos Aires, nascendo assim o tango. Há versões que atribuem origem africana, tanto que defendem que o termo milonga significaria “palavras” em Bantu.
No livro “Nkissi Tata Dia Nguzu” de Sérgio Paulo Adolfo, é dito que no Candomblé o termo “milonga” – oriundo do quimbundo – é utilizado como sinônimo de mistura ou sincretismo.”
Pronto, já gostei.
Mas tem mais:
Milonga pode ser também aquele papo furado, aquela conversa fiada que se joga fora despretensiosamente quando não se tem pressa, pode ser malandragem, lero lero, piscadinha de olho, sorrisinho maroto, risadinha sarcástica, código de comunicação entre aqueles que se conhecem tão bem que já nem é preciso aprofundar os assuntos, ensaiar o discurso, vestir a fantasia.
Milonga é pra quem tem tempo a perder com a melhor coisa da vida, que é desperdiçar palavras com quem te entende sem ter que se preocupar em fazer sentido, ouvir estórias, trocar figurinhas, fazer a louca, coçar o pé, comer um bolo com café.
Milonga é uma coisa parecida com aquela música de Martinho da Vila, é devagar, é devagar, é devagar devagarinho, assim soltinho, só no sapatinho.
Tenho uma amiga que quando me convidava para alguma coisa parecida com isso tudo, mandava a senha: Vai ser a maior milonga!
Quando ela dizia isso, eu não pensava duas vezes.
Então é isso, quem quiser que chegue mais, sem lenço, sem documento, sem preconceito, sem compromisso, e não esquece de trazer um bate bola, um petit four, uma bebidinha, ou só a sua alegria.
E não me leve a mal, nem vem que não tem, aqui eu não brigo, é só milonga.

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